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A organização de referências bibliográficas é uma etapa imprescindível para quem está produzindo um texto acadêmico. Na verdade, essa etapa se faz obrigatória desde os preparativos para a composição do TCC, da monografia, da dissertação ou da tese ou de qualquer trabalho acadêmico.

Por isso, diante da pressão para fazer um bom trabalho dentro do prazo, é possível que o desespero assuma o lugar que deveria ser ocupado pela dedicação à atividade e resulte em uma série de problemas no desenvolvimento do texto.

Quer prevenir dores de cabeça na hora de formular seus textos acadêmicos? Então, você precisa de uma estratégia de organização de referências bibliográficas infalível! E é por isso que preparamos algumas dicas e ainda contamos com uma entrevista especial sobre pesquisa acadêmica e organização de informações.

 

Registro de informações

 

O primeiro passo é registrar adequadamente as fontes consultadas. Essa é uma etapa mais importante do que muitos imaginam, pois, caso não seja feita, pode acarretar sérios problemas futuros.

Veja bem: um conteúdo reproduzido em um texto sem a devida referência é considerado plágio, ou seja, um “Crime de Violação aos Direitos Autorais”, de acordo com o artigo 184 do Código Penal. Sendo assim, caso você não tenha se organizado e acabou perdendo a fonte de algum material, não poderá usá-lo em seu trabalho. Por isso, é muito importante registrar todas as referências bibliográficas!

 

O trabalho da revisão textual

 

“Um texto não acaba quando terminamos de escrevê-lo”, parece loucura, mas essa frase faz muito sentido para quem está habituado a produzir textos. Uma vez acabada a redação, indispensavelmente ocorre a fase da revisão. Nesse processo de lapidação e conferência do texto, muitas vezes nos deparamos com citações que não foram devidamente referenciadas.

Quando isso ocorre com os textos que nos são confiados para o serviço de revisão, imediatamente tentamos encontrar a fonte na internet. Se não a encontramos, inserimos um comentário para que o autor confirme a informação com a devida referência.

Mas e quando não é possível identificar a fonte da obra na internet? O que fazer?

Na maioria dos casos, o autor precisa correr contra o tempo e tentar encontrar a referência “espremida” entre seus inúmeros materiais de pesquisa. E se o livro foi um empréstimo? Cruzes! Tudo seria infinitamente mais fácil se as referências tivessem sido organizadas, não é mesmo?

 

Planilha de organização de referências bibliográficas

 

Já não restam dúvidas sobre a importância de desenvolver uma estratégia eficaz para acessar os materiais que serão incorporados à sua pesquisa. Por essa razão, criamos uma ferramenta infalível para organizar suas informações: a planilha organizadora de referências! Ela permite que tenhamos acesso a uma listagem de obras e autores, sempre que for necessário.

O melhor de tudo é que você só vai precisar clicar aqui para baixar.

Com esse método, certamente suas fontes estarão seguras e acessíveis para quando você precisar.

E não para por aí! Ainda batemos um papo com Caio Mieiro, 22 anos, graduado em Letras e mestrando em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na entrevista, ele compartilha sua experiência com a pesquisa acadêmica e dá dicas imperdíveis para começar a se organizar. Confira:

 

Entrevista com Caio Mieiro

 

Mundo Escrito: Quando você se deparou com a responsabilidade de escrever uma monografia, qual foi o primeiro passo para selecionar suas referências? 

Caio Mieiro: Quando eu fiz a monografia, já fazia pesquisa há mais de um ano. Isso me ajudou a montar o referencial teórico com mais facilidade, pois eu já tinha entrado em contato com as referências. Foi um trabalho de revisitar os textos que eu vinha lendo e fichando havia um tempo.

Mundo Escrito: Você fez o mesmo em relação ao anteprojeto de mestrado?

Caio Mieiro: Para o anteprojeto, o trabalho foi um pouco diferente. Eu consegui aproveitar boa parte das referências que usei na monografia, mas muitas referências eu tive que buscar naquele momento. Eu procurei os principais trabalhos de cada área que eu pretendia estudar, li sobre as pesquisas na área também. E, é claro, contei com a ajuda da minha orientadora e de outros professores que se dispuseram a me ajudar. É muito difícil começar do zero e achar tudo sozinho, por isso sempre precisamos manter relações com outros pesquisadores, em especial os mais experientes. Essa troca evita a leitura de muitos textos que vão adicionar pouco ao trabalho que você desenvolve.

Mundo Escrito: Como se deu a organização dos materiais selecionados? Você usou alguma técnica específica para registrar e acessar os conteúdos escolhidos? 

Caio Mieiro: Depois de selecionar quais textos eu preciso ler, separo todo o material por áreas. Por exemplo, se vou fazer um artigo sobre reescritura e ensino de produção textual, eu procuro segmentar os materiais em, pelo menos, dois grupos, nesse caso os textos específicos sobre reescritura e aqueles sobre ensino de produção textual que não abordam a fundo a reescritura. Isso ajuda o pesquisador a fazer comparações, ver o que difere entre os textos em relação ao ponto de vista dos autores, e o que está em um grupo de textos que não está no outro. 

Eu fiz exatamente isso na produção da monografia e do anteprojeto. Para cada capítulo, eu já tinha os textos selecionados, o que facilitou a redação final. 

O segundo passo foi fazer os fichamentos. Eu costumo abrir um arquivo só de citações antes de começar o trabalho. Assim, quando vou montar o referencial teórico, já tenho os trechos de que preciso com as referências montadas. 

Mundo Escrito: O que fazer quando não é possível identificar a fonte de um conteúdo interessante: abandonar a ideia ou procurar por outro semelhante e que tenha fonte? Já esteve em alguma situação parecida? 

Caio Mieiro: O trabalho do pesquisador nos joga às vezes em determinados becos. Precisamos sempre ter um plano B para quando isso acontecer. Acho que o melhor a se fazer é procurar outros materiais que tratem do mesmo assunto. Se houver poucos materiais sobre o assunto, as opções são mudar o objeto ou “inaugurar” os estudos sobre ele. Tudo depende da disponibilidade do pesquisador. 

Mundo Escrito: Se você pudesse dar uma dica para alguém que está começando a fazer um trabalho de conclusão, qual seria?

Caio Mieiro: Comece pelo referencial teórico, não pelas análises. Nenhum trabalho se sustenta sem se aportar em especialistas da área. Um referencial bem construído por si só já é um trabalho científico (um fichamento, uma síntese ou uma resenha, por exemplo), mas uma análise sem fundamentação não configura um texto científico.

 

Fim da entrevista

 

Incrível, não é mesmo? Agora, com essas informações valiosas, está claro que você não terá problemas e já poderá fazer a organização de referências bibliográficas do seu texto. Bom trabalho e, se precisar de revisão de textos, conte com a gente!

 

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