Tempo estimado de leitura: 19 minutos

 

Introdução

 

A importância do storytelling para prender o leitor

No post de hoje, reunimos algumas informações que consideramos essenciais para todo escritor que deseja ser lido e admirado pelo seu público. Você vai encontrar um passo a passo para o uso do storytelling em sua escrita. Então, se é isso mesmo que você quer, continue lendo!

Você já se perguntou por que algumas histórias conseguem nos envolver desde as primeiras linhas, enquanto outras nos deixam entediados e sem vontade de continuar a leitura? O que faz com que nos identifiquemos com os personagens, nos emocionemos com os conflitos e nos surpreendamos com os desfechos?

A resposta para essas perguntas está em uma palavra: storytelling. O storytelling é a arte de contar histórias de forma criativa, envolvente e persuasiva. Qualquer pessoa que deseja se comunicar melhor e prender a atenção do leitor pode desenvolver essa habilidade.

Neste post, você vai aprender o que é storytelling, como aplicá-lo na escrita literária e quais são os passos essenciais para criar histórias interessantes. Além disso, você vai descobrir algumas técnicas avançadas de storytelling, que vão ajudá-lo a aprimorar o seu estilo e surpreender o seu público.

Se você quer aprender a contar histórias que encantam, emocionam e inspiram, continue neste texto e siga o nosso guia de storytelling passo a passo.

 

O poder do storytelling na escrita literária

O storytelling não é uma novidade na escrita literária. Na verdade, ele é tão antigo quanto a própria literatura. Desde os tempos mais remotos, os seres humanos usam as histórias como formas de expressão, de diversão, de educação e de conexão com os outros.

As histórias têm o poder de nos transportar para outros mundos, de nos fazer viver outras experiências, de nos fazer pensar e sentir de formas diferentes. As histórias também têm o poder de influenciar, de persuadir, de nos motivar e de nos movimentar.

Na escrita literária, o storytelling é fundamental para criar obras que sejam originais, criativas e memoráveis. O storytelling é o que diferencia um texto comum de um texto extraordinário. É o que faz com que o leitor se envolva com a sua história, se identifique com os seus personagens, se emocione com os seus conflitos e se surpreenda com os seus desfechos.

Por isso, se você quer escrever textos literários de qualidade, você precisa dominar o storytelling. Você precisa saber como estruturar a sua narrativa, como desenvolver os seus personagens, como criar um enredo envolvente, como construir o clímax e o desfecho, entre outras técnicas que vamos abordar neste post.

 

Storytelling na prática

 

O que é storytelling

 

Definição e conceito de storytelling

Storytelling é a arte de contar histórias de forma criativa, envolvente e persuasiva. O termo vem do inglês e significa, literalmente, contar histórias. O storytelling pode ser aplicado em diversos contextos e meios de comunicação, como cinema, teatro, televisão, rádio, jornalismo, publicidade, marketing, educação, entre outros.

No entanto, neste post vamos nos concentrar no storytelling na escrita literária, que é o uso das técnicas narrativas para criar textos ficcionais ou não ficcionais que tenham como objetivo entreter, informar, educar e inspirar o leitor.

O storytelling na escrita literária envolve três elementos principais: a história, o narrador e o leitor. A história é o conteúdo do texto, o que acontece, quem são os personagens, onde e quando se passa a ação, qual é o conflito e qual é o desfecho. O narrador é quem conta a história, quem escolhe o ponto de vista, o tom e o estilo da narrativa. O leitor é quem recebe a história, quem interpreta e quem reage ao texto.

O storytelling na escrita literária depende da interação entre esses três elementos. O narrador precisa saber como contar a história de forma a despertar o interesse e a curiosidade do leitor. O leitor precisa se envolver com a história e se identificar com os personagens. A história precisa ser coerente, consistente e convincente.

Para conseguir isso, o narrador precisa seguir alguns passos essenciais do storytelling, que vamos ver a seguir. Esses passos vão auxiliá-lo a estruturar a sua narrativa, desenvolver os seus personagens, criar um enredo envolvente, construir o clímax e o desfecho, entre outras técnicas.

 

A relação entre storytelling e escrita literária

O storytelling e a escrita literária são duas formas de expressão artística que se complementam e se potencializam. O primeiro é a arte de contar histórias, enquanto a segunda é a arte de escrever textos que tenham valor estético, cultural e social.

Use o storytelling na escrita literária para criar textos que sejam originais, criativos e memoráveis. Pode ajudar o escritor a definir o seu público-alvo, o seu objetivo, o seu tema, o seu gênero, o seu estilo e o seu tom. O storytelling também pode ajudar o escritor a estruturar a sua narrativa, a desenvolver os seus personagens, a criar um enredo envolvente, a construir o clímax e o desfecho, entre outras técnicas que vão tornar o seu texto mais atraente e mais persuasivo.

Use a escrita literária no storytelling para criar textos que tenham qualidade linguística, estilística e formal. A escrita literária pode ajudar o contador de histórias a escolher as palavras certas, as figuras de linguagem adequadas, os recursos sonoros e visuais apropriados, as regras gramaticais e ortográficas corretas, entre outros aspectos que vão tornar o seu texto mais claro, mais coerente e mais coeso.

 

Por que usar storytelling em seus textos

Até aqui, você já deve ter percebido que o storytelling é uma arte poderosa, que pode ajudá-lo a criar textos literários notáveis. Mas por que você deveria usar o storytelling em seus textos? Quais são os benefícios e as vantagens de contar histórias de forma criativa, envolvente e persuasiva? A seguir, estão alguns motivos:

O storytelling vai contribuir na forma como você vai se conectar com o seu leitor. Ao contar histórias, você vai despertar o interesse e a curiosidade do seu leitor, fazendo com que ele queira saber mais sobre a sua história. Você também vai criar uma relação de empatia e de identificação com o seu leitor, fazendo com que ele se importe com os seus personagens, se emocione com os seus conflitos e se surpreenda com os seus desfechos.

O storytelling vai ajudá-lo a transmitir a sua mensagem. Ao contar histórias, você vai conseguir colocar a sua ideia, o seu ponto de vista, o seu objetivo e o seu tema de forma clara e eficaz. Você também vai conseguir persuadir e influenciar o seu leitor, fazendo com que ele reflita, questione, concorde ou discorde da sua mensagem.

O storytelling vai colaborar para que você se destaque. Ao contar histórias, você vai conseguir criar textos originais, criativos e memoráveis. Você também vai conseguir mostrar o seu estilo, o seu tom, a sua voz, de maneira autêntica e única.

Você também poderá se divertir com o storytelling. Ao contar histórias, você vai conseguir explorar a sua imaginação, a sua criatividade, a sua expressividade. Você também vai conseguir experimentar diferentes gêneros, estruturas, técnicas e recursos, de forma lúdica e prazerosa. Portanto, o storytelling é uma arte que pode proporcionar muitos benefícios e vantagens na escrita literária.

 

 

Etapas do storytelling, passo a passo

 

Compreendendo a estrutura narrativa

Entre as etapas mais importantes do storytelling, está a estrutura narrativa. Esta é a forma como a história se organiza, se divide e se apresenta ao leitor. Pode variar de acordo com o gênero, o estilo e a intenção do autor, mas alguns elementos básicos são comuns a todas as histórias.

Esses elementos são: a introdução, o desenvolvimento, o clímax e o desfecho. Veremos o que cada um deles significa e como usá-los na sua narrativa.

A introdução é a parte inicial da história, onde o autor apresenta os personagens principais, o cenário, o tempo e o tema. Deve despertar o interesse e a curiosidade do leitor, apresentando um conflito ou um problema que motive a ação.

O desenvolvimento é a parte central da história, onde o autor narra os acontecimentos que levam ao clímax. Deve mostrar a evolução dos personagens, suas motivações, seus obstáculos, suas escolhas e consequências. Espera-se que ele mantenha o interesse e a tensão do leitor, criando expectativas e surpresas.

O clímax é a parte mais intensa e emocionante da história, onde o autor mostra o ponto de virada ou o momento decisivo da narrativa. Deve resolver ou complicar o conflito principal, mostrando as mudanças nos personagens e na situação. Espera-se que ele surpreenda e satisfaça o leitor, mostrando o resultado da ação.

O desfecho é a parte final da história, onde o autor mostra as consequências do clímax e encerra a narrativa. Deve dar um sentido ou uma lição à história, mostrando as transformações nos personagens e na situação. Espera-se que ele deixe uma impressão ou uma mensagem ao leitor, encerrando a história de forma coerente e convincente.

Se você quiser saber mais sobre esse assunto, talvez queira ler um post que fala sobre as 5 peças da narrativa: Tema, Enredo, Assunto, Motivo e Moral.

 

Definindo personagens cativantes

A definição de personagens cativantes é um dos elementos que consideramos mais importantes nesse passo a passo do storytelling. Os personagens são os seres que protagonizam a história, que vivem as situações, que enfrentam os conflitos, que sofrem as mudanças. Os personagens são os responsáveis por criar uma conexão emocional com o leitor, fazendo com que ele se importe com o que acontece na narrativa.

Para definir personagens cativantes, você precisa conhecer bem os seus personagens, saber quem eles são, o que eles querem, o que eles sentem, o que eles pensam, como eles agem, como eles falam, como eles se relacionam. Você precisa dar personalidade, motivação e profundidade aos seus personagens, fazendo com que eles sejam críveis, consistentes e complexos.

Uma forma de definir personagens cativantes é usar a técnica da ficha de personagem. A ficha de personagem é um documento onde você registra as informações mais relevantes sobre o seu personagem, como nome, idade, aparência, personalidade, história, objetivo, conflito, evolução, entre outros aspectos. A ficha de personagem pode ser usada como um guia para a criação e o desenvolvimento do seu personagem ao longo da narrativa.

Outra forma de definir personagens cativantes é usar a técnica do arquétipo. O arquétipo é um modelo ou um padrão de personagem que representa uma função ou um papel na história. O arquétipo pode ser usado como uma base para a construção do seu personagem, dando-lhe uma identidade e uma função na narrativa. Alguns exemplos de arquétipos são: o herói, o vilão, o mentor, o aliado, o inimigo, o amante, entre outros.

 

Criando um enredo envolvente

Outro elemento muito importante neste passo a passo do storytelling é a criação de um enredo envolvente. O enredo é a sequência de acontecimentos que compõem a história e mostram a ação, o conflito e a resolução. É o que mantém o interesse e a tensão do leitor, fazendo com que ele queira saber o que vai acontecer na narração.

Para isso, você precisa planejar bem a sua história, saber o que vai acontecer em cada etapa, como vai começar, como vai se desenvolver, como vai terminar. Você precisa criar um conflito interessante, que motive os personagens e o leitor. Construa uma progressão dramática, que aumente a dificuldade e a importância dos acontecimentos. Crie um clímax emocionante, que mostre o ponto de virada ou o momento decisivo da história. Arremate com um desfecho satisfatório, mostrando as consequências do clímax, e encerre a história.

Uma forma de criar um enredo envolvente é usar a técnica da jornada do herói. Esta é um modelo ou padrão de enredo que representa as etapas que o personagem principal passa ao longo da história. Pode ser usada como um guia para a criação e o desenvolvimento do seu enredo, dando-lhe uma estrutura e uma lógica na narrativa. Algumas etapas da jornada do herói são: o chamado à aventura, o cruzamento do limiar, os testes e os aliados, a provação suprema, a recompensa, o retorno com o elixir etc.

Outra forma de criar um enredo envolvente é usar a técnica do monomito. O monomito é uma teoria ou uma ideia de que todas as histórias seguem um padrão universal, baseado nos mitos e nas lendas. Pode ser usado como inspiração para a criação e o desenvolvimento do seu enredo, dando-lhe uma visão e uma profundidade na narrativa. Algumas ideias do monomito são: a separação, a iniciação, a transformação, a reintegração, entre outras.

 

 

Desenvolvendo o conflito e a tensão narrativa

Outro elemento importante desse storytelling passo a passo é o desenvolvimento do conflito e da tensão narrativa. O conflito é o problema ou dificuldade que o personagem principal enfrenta na história, impedindo ou dificultando a realização do seu objetivo. A tensão narrativa é a expectativa ou a ansiedade que o leitor sente em relação ao desfecho do conflito. O conflito e a tensão narrativa são responsáveis por criar o interesse e a emoção do leitor, envolvendo-o com a história.

Para desenvolvê-los, você precisa criar um conflito interessante, que seja relevante para o personagem e para o leitor. É necessário criar uma progressão dramática, aumentando a dificuldade e a importância do conflito. Crie um clímax emocionante, mostrando o ponto de virada ou o momento decisivo do conflito. Finalize com um desfecho satisfatório, mostrando as consequências do clímax e encerrando o conflito.

Uma forma de desenvolver o conflito e a tensão narrativa é usar a técnica do dilema. Este é uma situação ou uma escolha difícil que o personagem precisa enfrentar na história, envolvendo valores, princípios ou consequências adversas. Pode ser usado para criar um conflito interessante, que coloque o personagem em uma situação de impasse, dúvida ou angústia. O dilema também pode ser usado para criar uma tensão narrativa, fazendo o leitor se perguntar qual será a decisão do personagem e quais serão as suas implicações.

Outra forma de desenvolver tais aspectos é usar a técnica do suspense. Trata-se um recurso ou uma estratégia que o autor usa para criar uma expectativa ou uma ansiedade no leitor em relação ao desfecho da história. Pode ser usado para criar uma progressão dramática, aumentando a dificuldade e a importância do conflito. O suspense também pode ser usado para criar um clímax emocionante, mostrando o ponto de virada ou o momento decisivo do conflito.

 

Utilizando técnicas de descrição e ambientação

Há outro importantíssimo elemento do nosso storytelling passo a passo: a utilização de técnicas de descrição e ambientação. A descrição é a parte do texto que mostra ao leitor as características físicas, psicológicas ou emocionais dos personagens, dos objetos ou dos lugares. A ambientação, por sua vez, mostra ao leitor o cenário, o tempo e o clima da história. A descrição e a ambientação são responsáveis por criar uma imagem ou uma sensação, fazendo com que o leitor visualize e vivencie a história.

Para fazer descrição e ambientação, você precisa escolher bem as palavras, as figuras de linguagem, os recursos sonoros e visuais a serem utilizados no seu texto. Você precisa criar uma descrição e uma ambientação que sejam coerentes, consistentes e convincentes. Crie uma descrição e uma ambientação que sejam relevantes, necessárias e equilibradas.

Uma forma de se fazer descrição e ambientação é utilizando a técnica do “show, don’t tell” (mostre, não conte). O “show, don’t tell” é um princípio ou uma recomendação que diz que o autor deve mostrar ao leitor o que acontece na história, em vez de simplesmente contar. Essa técnica pode ser usada para criar uma descrição e uma ambientação que sejam mais vivas, dinâmicas e envolventes. Pode também ser usada para criar uma interação entre o leitor e o seu texto, fazendo com que este participe da construção da história.

Outra técnica de criar descrição e de ambientação é a técnica dos sentidos. Estes são os instrumentos pelos quais percebemos o mundo ao nosso redor, como visão, audição, olfato, paladar e tato. Podem ser usados para criar uma descrição e uma ambientação que sejam mais ricas, detalhadas e sensoriais. Os sentidos também podem ser usados para criar uma imersão entre o leitor e o texto, fazendo com que ele experimente as sensações da história.

 

 

Construindo o clímax e o desfecho

Chegamos aos elementos mais quentes do storytelling: o clímax e o desfecho. O clímax é a parte mais intensa e emocionante da história, onde o autor mostra o ponto de virada ou o momento decisivo da narrativa. O desfecho é sua parte final, onde o autor mostra as consequências do clímax e encerra a narrativa. O clímax e o desfecho são responsáveis por criar a surpresa e a satisfação do leitor, fazendo com que ele se impressione e se satisfaça com a história.

Para construí-los, é preciso planejar bem a história, conhecer o resultado da ação, a mudança nos personagens, a mensagem ou lição da história. Crie um clímax emocionante, mostrando o conflito principal sendo resolvido ou complicado, e as mudanças nos personagens e na situação. Elabore um desfecho satisfatório, mostrando as consequências do clímax e as transformações nos personagens e na situação.

Uma forma de desenvolvê-los é usar a técnica da reviravolta. Trata-se de uma mudança ou surpresa na história, alterando o rumo ou o sentido da narrativa. Use-a para criar um clímax emocionante, mostrando um acontecimento inesperado ou chocante, mudando a perspectiva ou situação dos personagens. Também pode ser usada para criar um desfecho satisfatório, mostrando uma solução criativa ou inteligente, dando um novo significado ou nova interpretação à história.

Outra forma de criá-los é usando a técnica do gancho. É um recurso ou estratégia que o autor usa para prender a atenção do leitor, gerando expectativa ou curiosidade em relação ao futuro. Use-o para criar um clímax emocionante, mostrando uma pergunta, dilema, desafio ou ameaça que coloque os personagens em situação de risco ou de urgência. O gancho também pode ser usado para criar um desfecho satisfatório, trazendo uma resposta, uma decisão, uma solução ou uma recompensa que resolva ou finalize a situação dos personagens.

 

Técnicas avançadas de storytelling

 

Uso de narradores e pontos de vista

Uma das técnicas avançadas de narrativa que você pode empregar em sua escrita é a utilização de narradores e de pontos de vista. O narrador é quem conta a história, quem escolhe o ponto de vista, o tom e o estilo da narrativa. O ponto de vista é a perspectiva ou ângulo pelo qual a história é contada; é ela que determina o que o leitor sabe, vê e sente. O narrador e o ponto de vista são responsáveis por criar uma voz ou identidade para a sua história, fazendo com que ela se diferencie e se destaque.

Para usar narradores e pontos de vista, você precisa escolher bem quem (qual narrador) vai contar a sua história, como ela será contada, e para quem você vai contá-la. Crie um narrador e um ponto de vista que sejam coerentes, consistentes e convincentes. Defina um narrador e um ponto de vista que sejam relevantes, necessários e equilibrados.

Uma das formas de usar narradores e pontos de vista é aplicando a técnica da primeira pessoa. Este é um tipo de narrador e de ponto de vista que usa o pronome “eu” para contar a história, mostrando os pensamentos, os sentimentos e ações do personagem principal. Use-a para criar uma narrativa mais íntima, pessoal e subjetiva. Use-a para criar uma narrativa mais confiável, sincera e autêntica.

Outra forma de usar narradores e pontos de vista é aplicando a técnica da terceira pessoa. Este é um tipo de narrador e de ponto de vista que usa os pronomes “ele” ou “ela” para contar a história, mostrando os pensamentos, os sentimentos e ações dos personagens secundários. Use-a para criar uma narrativa mais distante, objetiva e imparcial. Use-a para criar uma narrativa mais abrangente, diversa e complexa.

 

Experimentando com estruturas não lineares

Em sua escrita literária experimente usar estruturas não lineares. Trata-se de uma forma de organizar a história que não segue uma ordem cronológica ou lógica, que mistura ou altera os tempos, os espaços e os acontecimentos da narrativa. É obviamente o oposto da estrutura linear, que segue uma ordem cronológica ou lógica, que mostra os acontecimentos na sequência em que eles ocorrem na história. A estrutura não linear é um recurso ou estratégia que o autor usa para criar um efeito ou um sentido na história, fazendo com que ela se diferencie e se destaque.

Para experimentar estruturas não lineares, você precisa planejar bem a sua história, saber qual é o efeito ou o sentido que você quer criar na narrativa. Você precisa criar uma estrutura não linear que seja coerente, consistente e convincente; que seja relevante, necessária e equilibrada.

Uma forma de experimentar estruturas não lineares é usando a técnica do flashback. Este é uma cena ou um episódio que mostra um acontecimento do passado, que interrompe ou se mistura com a narrativa do presente. Use-o para criar um efeito de contraste, de suspense, de explicação ou de emoção na história. O flashback também pode ser usado para criar um sentido de origem, de causa, de motivação ou de revelação na história.

Outra forma de experimento com estruturas não lineares é o uso da técnica do flashforward. Utiliza-se uma cena ou um episódio que mostra um acontecimento do futuro, que interrompe ou se mistura com a narrativa do presente. Use-o para criar um efeito de antecipação, de surpresa, de ironia ou de expectativa na história. O flashforward também pode ser usado para criar um sentido de destino, de consequência, de previsão ou de ilusão na história.

 

Incorporando elementos surpreendentes e reviravoltas

Incorporar elementos surpreendentes e reviravoltas na narrativa é uma boa forma de prender o leitor e tornar a sua história mais interessante. Esses são recursos que criam um contraste entre o que o leitor espera e o que acontece de fato, gerando um efeito de surpresa, de choque ou de admiração.

Os elementos surpreendentes podem ser fatos, personagens, objetos ou situações que aparecem de forma inesperada ou incomum na história, despertando a curiosidade e a atenção do leitor. Por exemplo, um personagem que revela um segredo, um objeto que tem um significado oculto, uma situação que muda radicalmente o rumo da história.

As reviravoltas são mudanças bruscas e imprevisíveis na trama, que alteram a compreensão do leitor sobre a história ou os personagens. Por exemplo, uma revelação que muda a identidade ou a motivação de um personagem, uma traição que muda a relação entre os personagens, um acontecimento que muda o destino da história.

Para incorporar elementos surpreendentes e reviravoltas na sua história, você precisa planejar bem a sua estrutura narrativa, criando pistas e indícios que preparem o leitor para o momento da surpresa, mas sem revelar demais. Você também precisa ter cuidado para não exagerar na quantidade ou na intensidade desses recursos, pois isso pode tornar a sua história inverossímil ou confusa.

 

 

Criando diálogos autênticos e impactantes

Os diálogos são uma parte fundamental do storytelling, pois permitem que os personagens se expressem, interajam e revelem aspectos da sua personalidade, do seu conflito e da sua história. Os diálogos também ajudam a criar ritmo, tensão e emoção na narrativa, envolvendo o leitor na ação e na atmosfera da história.

Mas, como criar diálogos autênticos e impactantes? Como fazer com que os personagens falem de forma natural, coerente e interessante? Como evitar diálogos artificiais, monótonos ou desnecessários?

#Primeira dica – conhecer bem os seus personagens: saber como eles pensam, sentem e agem, quais são as suas características, os seus objetivos e os seus conflitos. Assim, você criará diálogos que realmente reflitam a sua personalidade, o seu humor e o seu contexto.

#Segunda dica – diferenciar as vozes dos personagens: cada personagem deve ter uma forma de falar única e distinta, que mostre a sua idade, a sua origem, a sua educação, o seu estado emocional e a sua relação com os outros personagens. Assim, você criará diálogos que sejam variados, dinâmicos e verossímeis.

#Terceira dica – usar a linguagem adequada: escolher as palavras, as expressões e os modos de falar que sejam compatíveis com o gênero, o tema e o tom da sua história. Evitar usar termos muito formais, técnicos ou coloquiais demais, a menos que isso faça parte do estilo do personagem ou da intenção da sua história.

#Quarta dica – evitar excessos e clichês: não usar diálogos para explicar ou repetir informações que já foram dadas na narrativa ou que são óbvias para o leitor. Não usar diálogos para fazer discursos longos, monólogos intermináveis ou perguntas retóricas. Não usar diálogos para reproduzir frases feitas, lugares-comuns ou chavões. Assim, você criará diálogos que sejam relevantes, concisos e originais.

#Quinta dica – revisar e editar os seus diálogos: ler em voz alta os seus diálogos e ver se eles soam naturais, fluidos e coerentes. Eliminar as palavras desnecessárias, as repetições e as ambiguidades. Corrigir os erros de ortografia, de gramática e de pontuação. Assim, você criará diálogos que sejam claros, precisos e agradáveis.

 

A importância da revisão e da edição

 

Revisando a narrativa para garantir a coerência

Depois de criar a sua história usando nossas dicas deste “storytelling passo a passo”, você precisa revisar a sua narrativa para garantir que ela seja coerente, isto é, que tenha lógica, consistência e harmonia entre os seus elementos.

A coerência é fundamental para que a sua história faça sentido, seja verossímil e mantenha o interesse do leitor. Uma história incoerente pode gerar confusão, desinteresse ou incredulidade no leitor, comprometendo a qualidade e o impacto.

Para revisar a sua narrativa e garantir a coerência, você precisa verificar 3 aspectos.

 

#1. estrutura narrativa: verifique se a sua história tem um começo, um meio e um fim claros e bem definidos; verifique se a sua história segue uma ordem cronológica ou se usa alguma técnica de alteração temporal, como flashbacks ou flashforwards. Verifique se a sua história tem um conflito central, um clímax e um desfecho satisfatórios.

#2. consistência dos personagens: verifique se os seus personagens são bem construídos, com personalidade, motivação e evolução. Verifique se os seus personagens agem e falam de forma coerente com as suas características e com o contexto da história. Verifique se os seus personagens têm uma função na história e se contribuem para o desenvolvimento da trama.

#3. harmonia entre os elementos: verifique se os elementos da sua história, como o cenário, o tempo, o tema, o gênero, o tom, o estilo e a linguagem estão em harmonia entre si e com a proposta da sua história. Verifique se os elementos da sua história não entram em contradição ou em conflito uns com os outros ou com a lógica interna da sua história.

Revisar a narrativa para garantir a coerência é uma etapa essencial do storytelling, pois ela permite que você corrija os possíveis erros, falhas ou inconsistências da sua história, tornando-a mais coesa, fluida e convincente.

 

Você sabia que somos especialistas em revisão de textos literários? Você pode contar com a nossa equipe para revisar as suas histórias! Quer saber mais? Mande um Whats agora mesmo!

 

Aperfeiçoando a linguagem e o estilo

Além de revisar a narrativa para garantir a coerência, você também precisa aperfeiçoar a linguagem e o estilo da sua história, garantindo que ela seja clara, precisa e agradável.

A linguagem e o estilo são os elementos que definem a forma como você conta a sua história, ou seja, as palavras, as frases, os parágrafos, os recursos literários e as figuras de linguagem que você usa para expressar as suas ideias, as suas emoções e as suas intenções.

Para aperfeiçoar a linguagem e o estilo da sua história, você precisa seguir algumas dicas. Primeiramente, escolha as palavras certas: use as palavras que sejam adequadas ao gênero, ao tema e ao tom da sua história. Evite usar palavras muito simples ou muito complexas, muito comuns ou muito raras, muito concretas ou muito abstratas. Busque usar palavras que sejam precisas, expressivas e variadas.

A segunda dica é construir frases claras e fluidas: use frases que sejam coerentes, coesas e concisas. Evite usar frases muito longas ou muito curtas, muito simples ou muito complexas, muito diretas ou muito indiretas. Busque usar frases que sejam lógicas, harmônicas e equilibradas.

A terceira dica é organizar os parágrafos de forma eficiente: use parágrafos que sejam bem estruturados, com uma ideia central, um desenvolvimento e uma conclusão. Evite usar parágrafos muito longos ou muito curtos, muito densos ou muito vazios, muito repetitivos ou muito dispersos. Busque usar parágrafos que sejam articulados, consistentes e relevantes.

A quarta dica é usar recursos literários e figuras de linguagem com moderação: use recursos literários e figuras de linguagem que sejam adequados ao gênero, ao tema e ao tom da sua história. Evite usar recursos literários e figuras de linguagem que sejam excessivos, inadequados ou incoerentes. Busque usar recursos literários e figuras de linguagem que sejam criativos, originais e significativos.

 

Conclusão

 

 

Recapitulando os passos essenciais do storytelling

Você chegou ao final do nosso post “storytelling passo a passo: um guia para prender o leitor”. Esperamos que você tenha gostado do nosso conteúdo e que esteja pronto para aplicar na sua escrita o que aprendeu.

Aqui, você viu o significado de storytelling, sua importância, quais são as etapas para criar uma história envolvente e quais são as técnicas avançadas para aprimorar a sua escrita.

Aprendeu também que o storytelling é a arte de contar histórias de forma criativa e eficaz, portanto, adquirir a habilidade de aplicá-lo na escrita é essencial para qualquer escritor que deseja prender o leitor e transmitir uma mensagem, uma emoção ou uma ideia.

Entendeu que as etapas do storytelling passo a passo são:

 

  • Compreender a estrutura narrativa
  • Definir personagens cativantes
  • Criar um enredo envolvente
  • Desenvolver o conflito e a tensão narrativa
  • Utilizar técnicas de descrição e de ambientação
  • Construir o clímax e o desfecho

 

Compreendeu que as técnicas avançadas de storytelling são:

 

  • Usar narradores e pontos de vista
  • Fazer experimentos com estruturas não lineares
  • Incorporar elementos surpreendentes e de reviravoltas
  • Criar diálogos autênticos e impactantes

 

Neste passo a passo do storytelling, você aprendeu também que a revisão e a edição são etapas essenciais, pois elas permitem que você corrija os possíveis erros, falhas ou inconsistências da sua história, tornando-a mais coesa, fluida e convincente. Então, você já sabe que para revisar e editar a sua história é necessário:

 

  • Revisar a narrativa para garantir a coerência
  • Aperfeiçoar a linguagem e o estilo

 

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Já que você chegou até aqui, você merece esta surpresa — um infográfico em alta resolução.

Imprima-o para deixá-lo à vista onde você costuma escrever. Sempre que estiver construindo uma nova história, você poderá checar se está, de fato, seguindo um storytelling passo a passo. 

 

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Agora é com você

Agora que você já sabe tudo sobre storytelling, é hora de colocar em prática o que aprendeu. Escolha um tema, um gênero e um público-alvo para a sua história. Siga os passos e as técnicas que você viu neste post. Escreva, revise e edite a sua história. E depois, compartilhe-a com o mundo.

Obrigado por acompanhar este post até o final. Esperamos que você tenha gostado e que tenha se inspirado. Se você quiser saber mais sobre storytelling ou sobre escrita literária, deixe um comentário. Ficaremos felizes se pudermos ajudá-lo(a)!

Até a próxima!

 

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