A hipótese de pesquisa desempenha o papel fundamental de base norteadora durante o desenvolvimento de um texto científico.
Muito comumente, um trabalho de pesquisa é iniciado com a concepção de um tema gerador de uma problemática. Assim, a partir de toda a literatura já existente acerca desse tema, a hipótese de pesquisa tem a intenção de pré-afirmar uma resposta que servirá como uma bússola que o pesquisador passará a seguir até que esta se confirme ou se revele insustentável.
Dessa forma, considerando que a hipótese de pesquisa é uma suposição que guiará o início do estudo científico, o pesquisador deve ter em mente que sua natureza é temporária e incerta, podendo — e devendo — ser colocada à prova a fim de definir seu grau de aplicação e veracidade em relação aos problemas pertencentes ao tema.
Características indispensáveis de qualquer hipótese de pesquisa
É certo que não existe uma fórmula concreta sobre como criar uma hipótese de pesquisa do zero. Afinal, cada uma deve ser concebida a partir das demandas específicas do tema que está sendo estudado.
No entanto, existem aspectos que, se não presentes em uma hipótese de pesquisa, podem dificultar o desenvolvimento do trabalho inteiro e tornar menos nítido o objetivo pretendido pelo pesquisador. Quer saber quais são essas características? Continue conosco!
1. A hipótese é uma afirmação
Uma hipótese não deve trazer mais perguntas para a problemática do estudo científico e nem divergir da resposta na qual ela está baseada. Por isso, o primeiro fator a ser levado em conta é que a hipótese de pesquisa deve ser redigida na forma de uma sentença declarativa que deve ser concisa, clara e exata. Para esse fim, evite utilizar termos que contraponham a ideia de exatidão como, por exemplo, “ruim”, “bom”, “pouco”, “muito” etc.
2. A qualidade da hipótese de pesquisa depende de uma boa revisão da literatura
Ao formular uma hipótese de pesquisa, busca-se estabelecer uma possível solução para um problema posto em questão. Assim, é inútil basear essa afirmação em um fato que já é amplamente comprovado pela literatura, da mesma forma que é inviável formular uma hipótese com a declaração de algo universalmente considerado como falso.
Dessa forma, pode-se dizer que a concepção de uma boa hipótese depende da capacidade do pesquisador de saber usar as informações à sua disposição de forma crítica e ponderada.
3. A hipótese de pesquisa precisa ser colocada à prova
Isso significa que uma hipótese científica deve ser passível de comprovação ou refutação dentro das técnicas que estão disponíveis para o pesquisador. Sabendo disso, não se pode tirar proveito de uma hipótese que, mesmo promissora, não é capaz de ser testada devido a impedimentos práticos ou teóricos.
4. A hipótese de pesquisa tem natureza empírica
Para propor uma possível resposta ao problema levantado no texto, é fundamental que a hipótese de pesquisa considere, acima de tudo, fatos tirados da observação de experiências vividas. A teoria e os métodos científicos existem para sustentar a hipótese, mas não são sua essência. Afinal, o intuito de uma pesquisa é chegar a conclusões sobre tópicos reais, inexistentes na literatura ou amplamente contestadas e discutidas por ela (a literatura).
5. A hipótese deve ser relevante para o estudo
A hipótese de uma pesquisa representa, fundamentalmente, aquilo que o pesquisador busca tirar da pesquisa estudada. Por isso, se um trabalho de pesquisa abandona a hipótese para seguir algum outro caminho, ela deixa de cumprir sua função básica. Assim, o pesquisador deve ter em mente que todo o desenvolvimento de seu projeto precisa estar voltado, direta ou indiretamente, para a busca de evidências capazes de sustentar ou contestar aquilo que foi inicialmente declarado na hipótese de pesquisa.
6. Uma hipótese de pesquisa é capaz de suscitar indagações
Como resultado disso, ao se deparar com a hipótese no início de um trabalho, é possível que o leitor se pergunte “como?” ou então “por quê?”. Um bom projeto de pesquisa é construído de modo a responder essas perguntas, mesmo quando a afirmação se mostra falsa — nesse caso, a pesquisa deve elucidar as perguntas “como não?” ou “por que não?”.
Mãos à obra!
Agora que você está familiarizado com a hipótese científica e sabe que ela não é nenhum bicho de sete cabeças, é hora de tornar esse recurso um aliado para seu estudo científico. E lembre-se: toda ideia é válida e pode ser um ponto de partida promissor para elaborar a hipótese do seu trabalho. Gostou das dicas? Você pode se subscrever logo abaixo e ser informado de novos artigos como esse!
O texto é rico, mas pouco metódico para alguém que se inicia no mundo da investigação científica uma vez que, carece de exemplos práticos para uma melhor compreensão.
Oi, Carlos! Obrigado pelo seu comentário. De fato, se o texto tivesse sido escrito utilizando exemplos, realmente ele se tornaria mais praticável. Agradecemos a sugestão e ficaremos mais atentos quanto a essa dica!
Preciso do material, achei legal.
Obrigado pelo feedback, Florindo! Volte mais vezes, pois estamos sempre atualizando o nosso blog.